Elementos da Tabela Periódica
A tabela periódica dos elementos é uma organização sistemática dos elementos químicos, com base em suas propriedades e características. Ela é dividida de várias maneiras, que ajudam a entender melhor como os elementos se relacionam entre si.
Adriano Almeida
2/2/202520 min read


A Estrutura da Tabela Periódica
A tabela periódica dos elementos é uma organização sistemática dos elementos químicos, com base em suas propriedades e características. Ela é dividida de várias maneiras, que ajudam a entender melhor como os elementos se relacionam entre si. Vou explicar as principais divisões:
1. Grupos (ou Famílias)
Os elementos na tabela periódica são organizados em colunas verticais, chamadas de grupos ou famílias, que indicam o número de elétrons na camada de valência (a camada mais externa do átomo). Existem 18 grupos numerados de 1 a 18. Alguns grupos têm nomes específicos devido às semelhanças entre os elementos:
Grupo 1: Metais alcalinos (Lítio, Sódio, Potássio, etc.)
Grupo 2: Metais alcalino-terrosos (Cálcio, Magnésio, etc.)
Grupo 17: Halogênios (Flúor, Cloro, Bromo, etc.)
Grupo 18: Gases nobres (Hélio, Neon, Argônio, etc.)
Os elementos de um mesmo grupo possuem propriedades químicas semelhantes. Por exemplo, os metais alcalinos (grupo 1) reagem fortemente com a água e têm um único elétron na camada de valência.
2. Períodos
A linha horizontal na tabela periódica é chamada de período. Existem 7 períodos, e cada um corresponde ao número de camadas eletrônicas de um átomo de um elemento daquele período. O período indica quantas camadas de elétrons o átomo possui.
Período 1: contém apenas dois elementos (Hidrogênio e Hélio), que possuem uma camada eletrônica.
Período 2: contém os elementos com duas camadas eletrônicas, como o Lítio (Li), Carbono (C), Nitrogênio (N), etc.
À medida que se move de esquerda para direita em um período, os elementos tendem a ter mais prótons e elétrons, aumentando sua carga nuclear e, em geral, tornando-os mais eletronegativos.
3. Blocos (s, p, d, f)
A tabela periódica também pode ser dividida com base na configuração eletrônica dos elementos. Isso dá origem a quatro blocos principais, que correspondem aos subníveis de energia (s, p, d e f) preenchidos pelos elétrons:
Bloco s: Elementos que preenchem os subníveis s, que incluem os grupos 1 e 2 e o hélio no grupo 18.
Bloco p: Elementos que preenchem os subníveis p, que incluem os grupos 13 a 18.
Bloco d: Elementos que preenchem os subníveis d, incluindo os metais de transição, que estão localizados nos grupos 3 a 12.
Bloco f: Elementos que preenchem os subníveis f, conhecidos como os lantanídeos e actinídeos, que ficam na parte inferior da tabela periódica.
4. Metais, Não-metais e Semimetais (Metaloides)
Os elementos também podem ser classificados com base nas suas propriedades gerais em:
Metais: São bons condutores de eletricidade e calor, possuem brilho metálico, são dúcteis (podem ser esticados) e maleáveis (podem ser moldados). A maioria dos elementos da tabela periódica são metais e estão localizados à esquerda e no centro da tabela.
Não-metais: São maus condutores de eletricidade e calor, e em geral possuem pontos de fusão e ebulição mais baixos do que os metais. Estão localizados à direita da tabela periódica, com exceção do hidrogênio, que é um não-metal.
Semimetais (ou Metaloides): Apresentam propriedades intermediárias entre os metais e os não-metais. Exemplos incluem Silício (Si) e Germânio (Ge), que são utilizados em eletrônica devido às suas propriedades semicondutoras.
5. Elementos de Transição e Lantanídeos/Actinídeos
Elementos de transição: São os metais encontrados nos blocos d (grupos 3 a 12), como o Ferro (Fe), Cobre (Cu) e Ouro (Au). Esses elementos são conhecidos por suas múltiplas valências e propriedades de condução elétrica e térmica.
Lantanídeos: São os elementos da série que vai de La (Lantânio) a Lu (Lutécio), localizados na parte inferior da tabela. São conhecidos por suas propriedades magnéticas e luminosas.
Actinídeos: Vai de Ac (Actínio) a Lr (Laurêncio), também na parte inferior da tabela. Muitos desses elementos são radioativos, como o Urânio (U).
6. Gases Nobres
Os gases nobres são elementos do grupo 18, conhecidos por serem inertes, ou seja, não costumam reagir facilmente com outros elementos, devido à sua camada de valência completa. Exemplos incluem o Hélio (He), Neônio (Ne), Argônio (Ar), entre outros.
7. Classificação com base na reatividade
Reativos: Elementos como os metais alcalinos e os halogênios são altamente reativos.
Pouco reativos: Como os gases nobres, que possuem uma camada de valência completa e não tendem a reagir.
Essas divisões ajudam a entender o comportamento e as propriedades dos elementos químicos, permitindo prever como eles podem interagir entre si e em que condições.
Metais Alcalinos
Os metais alcalinos são um grupo de elementos químicos altamente reativos e pertencem ao grupo 1 da tabela periódica. Eles são os elementos que estão localizados na primeira coluna, com exceção do hidrogênio, que não é considerado um metal. Vamos falar de cada característica com mais detalhes:
1. Localização na Tabela Periódica
Os metais alcalinos estão no grupo 1 da tabela periódica. O grupo é composto pelos seguintes elementos:
Lítio (Li)
Sódio (Na)
Potássio (K)
Rubídio (Rb)
Césio (Cs)
Frâncio (Fr)
O hidrogênio (H), embora esteja na mesma coluna, não é considerado um metal alcalino, pois possui propriedades muito diferentes.
2. Propriedades Gerais
a. Reatividade
Os metais alcalinos são altamente reativos devido à sua estrutura eletrônica. Eles têm um único elétron na camada de valência, o que os torna muito propensos a perder esse elétron e formar cátions com carga +1.
A reatividade aumenta à medida que se desce no grupo (do Lítio ao Frâncio), ou seja, o Frâncio é o mais reativo.
Em contato com a água, os metais alcalinos reagem violentamente, liberando hidrogênio (H₂) e formando hidróxidos. A reação com a água é mais intensa à medida que se desce no grupo, com o potássio, rubídio e césio sendo os mais explosivos.
b. Pontos de Fusão e Ebulição
Os metais alcalinos têm pontos de fusão e ebulição relativamente baixos, especialmente quando comparados com outros metais.
O lítio tem o maior ponto de fusão entre os metais alcalinos, enquanto o frâncio tem um ponto de fusão mais baixo. À medida que a reatividade aumenta, os pontos de fusão tendem a diminuir.
c. Condutividade Elétrica e Térmica
Como todos os metais, os metais alcalinos são bons condutores de eletricidade e calor, devido à presença de elétrons livres que podem se mover facilmente.
d. Maleabilidade e Ductilidade
Os metais alcalinos são maleáveis e ductéis, o que significa que podem ser moldados e esticados sem quebrar. Porém, à medida que se desce no grupo, eles ficam mais macios, sendo o lítio o mais duro e o frâncio o mais macio.
3. Propriedades Químicas
Formação de íons: Todos os metais alcalinos formam íons positivos (cátions) com carga +1 ao perderem o elétron de sua camada de valência.
Exemplo:
Li → Li⁺ + e⁻
Na → Na⁺ + e⁻
K → K⁺ + e⁻
Formação de hidróxidos: Quando reagem com água, os metais alcalinos formam hidróxidos alcalinos (bases fortes) e liberam gás hidrogênio (H₂). A equação geral é:
2Na + 2H₂O → 2NaOH + H₂
O hidróxido de sódio (NaOH), por exemplo, é uma substância altamente corrosiva.
Reação com halogênios: Eles também reagem facilmente com os halogênios (grupo 17 da tabela periódica), formando sal de haleto. Por exemplo, o sódio reage com o cloro para formar o cloreto de sódio (NaCl), que é o sal de cozinha:
2Na + Cl₂ → 2NaCl
4. Raio Atômico
Os metais alcalinos têm um raio atômico relativamente grande comparado a outros elementos. Isso ocorre porque, à medida que o número de camadas de elétrons aumenta (do lítio ao frâncio), o núcleo exerce uma atração menor sobre os elétrons de valência, fazendo com que eles estejam mais afastados do núcleo.
5. Propriedades Ópticas
Em termos de cor, os metais alcalinos não possuem um brilho metálico tão intenso quanto outros metais. Porém, quando aquecidos, eles podem emitir cores características:
O lítio emite uma cor vermelha.
O sódio emite uma cor amarela brilhante.
O potássio emite uma cor lilás.
6. Ocorrência e Abundância
Os metais alcalinos não são encontrados na natureza em estado puro, pois são altamente reativos. Em vez disso, eles estão presentes em compostos.
O lítio é encontrado em minerais como a espodumena.
O sódio é encontrado em abundância no sal de cozinha (NaCl) e em muitos outros minerais.
O potássio está presente em sal de potássio e mineral de silicato.
O rubídio, césio e frâncio são muito mais raros e ocorrem em quantidades muito pequenas na natureza.
7. Aplicações
Lítio: Usado em baterias recarregáveis (baterias de íon-lítio) e em tratamentos médicos para distúrbios psiquiátricos como o transtorno bipolar.
Sódio: Muito usado na indústria química, em processos como a fabricação de sabão e papel, e também em lâmpadas de vapor de sódio, que emitem luz amarela.
Potássio: Usado como fertilizante (no form de fertilizantes potássicos), importante para a saúde humana e vegetal.
Rubídio e césio: Usados em relógios atômicos e em pesquisas científicas, devido às suas propriedades de ressonância.
8. Segurança
Devido à sua reatividade com a água e com o oxigênio do ar, os metais alcalinos devem ser manuseados com muito cuidado. Normalmente, eles são armazenados em óleo mineral para evitar contato com o ar e a umidade.
Resumo das Características:
Reatividade muito alta (especialmente com água e oxigênio)
Formam cátions com carga +1
Pontos de fusão e ebulição baixos
São bons condutores de eletricidade e calor
Maleáveis e ductéis
Formam hidróxidos fortes
Raio atômico grande
Emitem cores características quando aquecidos
Esses elementos têm uma série de aplicações importantes, mas devido à sua reatividade, devem ser manuseados com precauções específicas.
Metais Alcalinos-terrosos
Os metais alcalino-terrosos pertencem ao grupo 2 da tabela periódica e têm características bem distintas, mas com algumas semelhanças com os metais alcalinos (grupo 1), como a alta reatividade e a tendência a perder elétrons para formar cátions. Vou te dar um panorama completo sobre essas propriedades. Eles são compostos pelos seguintes elementos:
Berílio (Be)
Magnésio (Mg)
Cálcio (Ca)
Estrôncio (Sr)
Bário (Ba)
Rádio (Ra)
1. Localização na Tabela Periódica
Os metais alcalino-terrosos estão localizados no grupo 2 da tabela periódica, logo à esquerda dos metais de transição e à direita dos metais alcalinos. Eles são encontrados no segundo grupo, e isso os faz ter algumas semelhanças com os metais alcalinos (grupo 1), mas também algumas diferenças importantes.
2. Propriedades Gerais
a. Reatividade
Os metais alcalino-terrosos têm uma reatividade menor do que os metais alcalinos, mas ainda assim são bastante reativos.
Eles têm dois elétrons na camada de valência, o que significa que, para formar cátions, eles precisam perder dois elétrons (em vez de apenas um, como no caso dos metais alcalinos).
A reatividade aumenta conforme se desce no grupo. Por exemplo, o berílio é muito menos reativo do que o bário. O bário e o estrôncio são mais reativos com a água, enquanto o berílio e o magnésio reagem muito mais lentamente.
Eles reagem com água (embora com menos intensidade do que os metais alcalinos) para formar hidróxidos e liberar hidrogênio gasoso. Por exemplo:
Ca + 2H₂O → Ca(OH)₂ + H₂
b. Pontos de Fusão e Ebulição
Em comparação com os metais alcalinos, os metais alcalino-terrosos têm pontos de fusão e ebulição mais altos.
O berílio tem o ponto de fusão mais alto entre os metais alcalino-terrosos, enquanto o rádio tem um ponto de fusão relativamente mais baixo.
c. Condutividade Elétrica e Térmica
Como todos os metais, os metais alcalino-terrosos são bons condutores de eletricidade e calor devido à sua estrutura de elétrons livres.
A condutividade elétrica e térmica é boa, mas não tão eficiente quanto a dos metais alcalinos, que têm uma maior mobilidade de elétrons.
d. Maleabilidade e Ductilidade
Os metais alcalino-terrosos são maleáveis e ductéis, mas em menor grau do que os metais alcalinos.
O berílio, por exemplo, é mais rígido e quebradiço do que o magnésio, o que o torna menos maleável e ductível.
3. Propriedades Químicas
a. Formação de Íons
Os metais alcalino-terrosos tendem a perder dois elétrons para formar íons positivos com carga +2. Isso é uma característica que os diferencia dos metais alcalinos, que formam íons com carga +1.
Exemplos de reações de ionização:
Be → Be²⁺ + 2e⁻
Mg → Mg²⁺ + 2e⁻
Ca → Ca²⁺ + 2e⁻
b. Reação com a Água
Como mencionei antes, a reação com a água ocorre, mas de maneira menos explosiva do que os metais alcalinos. Isso acontece porque a atração entre o núcleo e os elétrons na camada de valência é mais forte nos metais alcalino-terrosos, o que torna mais difícil a remoção dos dois elétrons da camada externa.
Exemplo: O magnésio reage com a água, mas muito mais lentamente:
Mg + 2H₂O → Mg(OH)₂ + H₂
Já o cálcio reage de forma mais vigorosa, produzindo calor e liberando gás hidrogênio rapidamente:
Ca + 2H₂O → Ca(OH)₂ + H₂
c. Reação com o Oxigênio
Os metais alcalino-terrosos formam óxidos ao reagirem com o oxigênio do ar. Esses óxidos são basicamente óxidos metálicos e, em muitos casos, reagem com água para formar hidróxidos.
Por exemplo:
Be + O₂ → BeO (óxido de berílio)
Ca + O₂ → CaO (óxido de cálcio)
d. Reação com Halogênios
Os metais alcalino-terrosos também reagem com os halogênios (como o cloro, flúor, etc.) para formar haletos metálicos. Esses compostos são sais iônicos.
Exemplo:
Ca + Cl₂ → CaCl₂ (cloreto de cálcio)
4. Raio Atômico e Energias de Ionização
Raio atômico: O raio atômico dos metais alcalino-terrosos é maior que o dos metais de transição, mas menor que o dos metais alcalinos. Isso acontece porque, apesar de estarem na mesma família (grupo 2), o aumento da carga nuclear (do núcleo) faz com que os elétrons sejam mais atraídos para o centro do átomo, reduzindo o raio atômico.
Energias de ionização: Como os metais alcalino-terrosos possuem dois elétrons na camada de valência, eles têm uma energia de ionização mais alta do que os metais alcalinos, mas ainda assim são mais baixos do que os elementos de grupos posteriores (como os halogênios).
5. Propriedades Ópticas
Alguns metais alcalino-terrosos, quando aquecidos, emitem cores características:
Estrôncio: Emite uma cor vermelha intensa quando aquecido.
Cálcio: Emite uma cor laranja-avermelhada.
Bário: Produz uma cor verde quando aquecido.
6. Ocorrência e Abundância
Os metais alcalino-terrosos são relativamente abundantes na crosta terrestre, mas não ocorrem na natureza em estado puro devido à sua reatividade. Eles estão presentes em uma variedade de minerais e compostos.
O magnésio e o cálcio são os mais abundantes e encontrados em muitos minerais e em organismos vivos (como ossos e dentes, no caso do cálcio).
O berílio é mais raro, mas é encontrado em minerais como a berilita.
7. Aplicações
Berílio: Usado em ligas metálicas e na indústria aeroespacial devido à sua leveza e resistência. Também é utilizado em raios-X e equipamentos de alta precisão, devido às suas propriedades de absorção de radiação.
Magnésio: Usado em ligas para a indústria automobilística e aeroespacial (por sua leveza) e em foguetes e fogos de artifício.
Cálcio: Importante na indústria de cimento, e também encontrado em suplementos alimentares para a saúde óssea.
Estrôncio: Usado em fogos de artifício para produzir a cor vermelha e em radiofármacos.
Bário: Usado em radiografias e como pigmento branco em tintas.
Rádio: Embora seja radioativo, o rádio já foi utilizado em relógios e outros instrumentos de precisão, mas foi substituído por materiais mais seguros devido à sua radioatividade.
8. Segurança
Alguns desses metais, como o rádio, são radioativos, o que torna seu manuseio perigoso.
O berílio é tóxico se inalado, causando doenças pulmonares. O manuseio deve ser feito com cuidados rigorosos.
Resumo das Características dos Metais Alcalino-Terrosos:
Reatividade menor que os metais alcalinos, mas ainda assim bastante reativos.
Formam cátions com carga +2.
Reagem com a água para formar hidróxidos e liberar hidrogênio.
Têm pontos de fusão e ebulição mais altos que os metais alcalinos.
Formam óxidos e haletos metálicos.
Condutores de eletricidade e calor.
Raio atômico maior que os metais alcalinos, mas menor que o dos metais de transição.
Usos em diversas indústrias (aeroespacial, de construção, saúde, etc.).
Essas características tornam os metais alcalino-terrosos elementos de grande importância na indústria, bem como para a ciência e tecnologia.
HALOGÊNIOS
Os halogênios são um grupo de elementos químicos altamente reativos, pertencentes ao grupo 17 da tabela periódica. Eles são conhecidos por suas propriedades químicas e comportamentos característicos, que os tornam essenciais para muitos processos industriais e biológicos. Vamos analisar todos os detalhes sobre esses elementos.
1. Localização na Tabela Periódica
Os halogênios estão localizados no grupo 17 da tabela periódica, à direita dos metais alcalinos e alcalino-terrosos. Eles incluem os seguintes elementos:
Flúor (F)
Cloro (Cl)
Bromo (Br)
Iodo (I)
Ástato (At)
Tennessine (Ts) (um elemento sintético, que foi confirmado em 2010, mas com características ainda pouco estudadas devido à sua instabilidade)
2. Propriedades Gerais dos Halogênios
a. Reatividade
Os halogênios são altamente reativos e isso se deve ao fato de que possuem sete elétrons na camada de valência, ou seja, eles estão a um elétron de completar sua camada de valência e atingir uma configuração estável (como a dos gases nobres).
A reatividade dos halogênios diminui à medida que se desce no grupo (do flúor para o tennessine). O flúor é o elemento mais reativo da tabela periódica, enquanto o tennessine é muito instável e sua reatividade é pouco conhecida.
Os halogênios são conhecidos por formar compostos com metais (como sais) e com não-metais. O cloro e o flúor são muito comuns em compostos iônicos, como os haletos de metais (exemplo: NaCl, cloreto de sódio).
A reatividade com hidrogênio é comum entre os halogênios, formando ácidos halogenídricos. Por exemplo:
H₂ + Cl₂ → 2HCl (cloreto de hidrogênio, que se dissolve em água formando ácido clorídrico).
b. Estados Físicos
Os halogênios variam bastante em termos de seus estados físicos à temperatura ambiente:
Flúor (F): Gás amarelado e muito tóxico.
Cloro (Cl): Gás esverdeado e também muito tóxico.
Bromo (Br): Líquido volátil de cor marrom-avermelhada.
Iodo (I): Sólido roxo, que sublima facilmente para formar vapores roxos.
Ástato (At): Sólido, mas é extremamente raro e radioativo, com pouca pesquisa sobre suas propriedades.
c. Pontos de Fusão e Ebulição
O ponto de fusão e ebulição dos halogênios aumentam à medida que se desce no grupo:
O flúor e o cloro têm baixos pontos de fusão e ebulição, sendo gases à temperatura ambiente.
O bromo é um líquido volátil, e o iodo é um sólido à temperatura ambiente com um ponto de fusão maior que o de bromo, mas ainda baixo.
O ástato, por ser um elemento mais pesado e instável, tem pontos de fusão e ebulição mais altos, embora esses dados sejam pouco precisos devido à sua radioatividade e escassez.
d. Cor e Aparência
Os halogênios também possuem cores e características visíveis bem distintas:
Flúor: Gás amarelo pálido.
Cloro: Gás esverdeado.
Bromo: Líquido vermelho-alaranjado.
Iodo: Sólido roxo e com vapores roxos.
Ástato: Sólido, provavelmente de cor metálica escura ou preta, mas isso ainda não é confirmado devido à sua instabilidade.
3. Propriedades Químicas
a. Formação de Haletos
Os halogênios tendem a formar haletos (compostos iônicos) com metais, onde o halogênio ganha o elétron que o metal perde. Isso resulta na formação de compostos salinos, como o NaCl (cloreto de sódio).
Exemplo de reação:
Na + Cl₂ → NaCl
Com outros não-metais, os halogênios formam compostos covalentes. Por exemplo:
Cl₂ + H₂ → 2HCl (hidrácido clorídrico)
Cl₂ + C → CCl₄ (tetra-cloreto de carbono)
b. Ácidos Halogenídricos
Quando os halogênios reagem com hidrogênio, eles formam ácidos halogenídricos, que são ácidos fortes quando dissolvidos em água:
HF (ácido fluorídrico)
HCl (ácido clorídrico)
HBr (ácido bromídrico)
HI (ácido iodídrico)
O ácido fluorídrico é notavelmente mais forte que os outros, devido à força da ligação H-F.
c. Compostos Oxigenados
Os halogênios também formam compostos oxigenados como oxicloretos e ácidos oxigenados. Exemplos:
Cl₂O (monóxido de dicloro)
HClO₃ (ácido clórico)
d. Reatividade com Metais e Não-Metais
Os halogênios reagem fortemente com metais, formando haletos metálicos:
Mg + Cl₂ → MgCl₂ (cloreto de magnésio)
Eles também reagem com hidrogênio, formando ácidos halogenídricos (como já mencionei), e com não-metais para formar compostos covalentes.
4. Raio Atômico e Energias de Ionização
O raio atômico dos halogênios diminui à medida que se sobe no grupo, ou seja, o flúor tem o menor raio atômico entre os halogênios, e o tennessine tem o maior, pois ele é o mais pesado e possui mais camadas eletrônicas.
A energia de ionização dos halogênios é relativamente alta devido à sua tendência de ganhar um elétron para completar sua camada de valência.
5. Ocorrência e Abundância
Os halogênios são amplamente encontrados na natureza, mas geralmente em forma de compostos (como sais). Por exemplo:
Flúor: Encontrado principalmente como fluoreto de cálcio (CaF₂) em minerais como a fluorita.
Cloro: Encontrado principalmente em sais como o NaCl (sal de cozinha) e outros haletos.
Bromo: Encontrado em salmouras e também em compostos como o brometo de sódio.
Iodo: Presente principalmente em algas marinhas e em sais de iodo.
6. Aplicações
Os halogênios e seus compostos são de grande importância industrial e biológica:
Flúor: Usado em cremes dentais (fluoreto), Teflon (material antiaderente), e radiografia.
Cloro: Usado no tratamento de água potável, em desinfetantes, plásticos (PVC), e em produtos de limpeza.
Bromo: Usado em flame retardantes, fotografia, e como desinfetante.
Iodo: Usado em antissépticos (como povidona-iodo), em radioterapia e na indústria farmacêutica.
Ástato: Embora raro, o ástato tem aplicações em tratamentos médicos, especialmente em terapias de radiação.
7. Segurança
Flúor, cloro e bromo são gases tóxicos e irritantes, exigindo cuidados rigorosos no manuseio.
Iodo é menos tóxico, mas pode causar irritação quando manuseado de maneira inadequada.
Resumo das Características dos Halogênios:
Reatividade muito alta, especialmente com metais e hidrogênio.
Formam ácidos quando combinados com hidrogênio e haletos com metais.
Estados físicos variáveis: flúor e cloro (gás), bromo (líquido), iodo (sólido).
Cor e aparência distintas.
Formam compostos importantes em várias indústrias, como desinfetantes, materiais plásticos e farmacêuticos.
Raio atômico e energia de ionização relativamente altos.
Esses elementos desempenham papéis essenciais em muitos processos naturais e industriais.
GASES NOBRES
Os gases nobres são um grupo de elementos químicos do grupo 18 da tabela periódica e têm características bem particulares que os tornam únicos. Esses elementos são conhecidos por sua estabilidade química e sua baixa reatividade, além de outras propriedades interessantes. Vamos explorar em detalhes todas as suas características.
1. Localização na Tabela Periódica
Os gases nobres estão localizados no grupo 18 da tabela periódica, também conhecidos como o grupo dos gases inertes ou gases raros. Eles incluem os seguintes elementos:
Hélio (He)
Neônio (Ne)
Argônio (Ar)
Criptônio (Kr)
Xenônio (Xe)
Radônio (Rn)
Oganessônio (Og) (um elemento sintético, altamente instável, com propriedades pouco conhecidas)
2. Propriedades Gerais dos Gases Nobres
a. Estabilidade Química e Baixa Reatividade
A principal característica dos gases nobres é a sua extrema estabilidade. Eles têm a camada de valência completa, ou seja, possuem 8 elétrons na camada mais externa (exceto o hélio, que tem 2 elétrons na camada de valência). Isso os torna quimicamente inativos, já que não precisam ganhar ou perder elétrons para alcançar uma configuração estável.
Devido à completude de sua camada de valência, os gases nobres são extremamente pouco reativos. Por isso, eles raramente formam compostos. O hélio, por exemplo, é tão estável que praticamente não se combina com outros elementos.
Embora sua reatividade seja muito baixa, alguns gases nobres, como o xenônio e o kripton, podem formar compostos em condições específicas e com agentes altamente reativos, como o flúor.
b. Estados Físicos
Os gases nobres são gases à temperatura e pressão normais, com exceção de radônio, que é um gás radioativo, mas que também é encontrado nessa forma. Os outros gases (hélio, neônio, argônio, criptônio e xenônio) são gases incolores, inodoros e insípidos sob condições normais.
Hélio (He): Gás muito leve, mais leve que o ar, e é o único gás nobre que permanece gasoso em temperaturas muito baixas.
Neônio (Ne): Gás incolor com uma luz avermelhada quando eletrificado, muito usado em sinais luminosos.
Argônio (Ar): O gás nobre mais abundante na atmosfera terrestre.
Criptônio (Kr) e Xenônio (Xe): Gases incolores, mas com maior densidade que o ar.
Radônio (Rn): Gás radioativo, incolor e inodoro, proveniente da decomposição de elementos radioativos no solo.
Oganessônio (Og): Um elemento sintético altamente instável, com uma vida útil extremamente curta.
c. Baixa Solubilidade em Água
Os gases nobres têm baixa solubilidade em água, o que significa que não se dissolvem facilmente em líquidos. Isso ocorre porque eles são moléculas não polares e a água, sendo polar, não interage bem com eles.
d. Condutividade Elétrica
Em condições normais, os gases nobres não conduzem eletricidade, pois não possuem elétrons livres ou íons para conduzir corrente elétrica. No entanto, quando eletrificados, alguns gases nobres, como o neônio, podem emitir uma luz característica (como as lâmpadas de néon).
3. Propriedades Químicas
a. Comportamento Químico
Os gases nobres são conhecidos pela quase total ausência de reatividade química, uma vez que já têm uma camada de valência completa. Isso significa que, normalmente, eles não formam compostos facilmente.
O hélio, por exemplo, é totalmente inerte e não reage com nenhum outro elemento, enquanto o neônio e o argônio também são muito pouco reativos.
Xenônio e kripton podem formar compostos químicos com elementos altamente eletronegativos, como o flúor e o oxigênio, sob condições extremas de temperatura ou pressão. Exemplo: XeF₄ (tetrafluoreto de xenônio) e KrF₂ (fluoreto de criptônio).
b. Formação de Compostos
Embora os gases nobres sejam em sua maioria inertes, eles podem formar compostos sob condições especiais, como altas pressões ou temperaturas muito baixas, ou na presença de agentes altamente reativos. Alguns exemplos incluem:
Xenônio (Xe): Pode formar compostos como XeF₂ (fluoreto de xenônio), XeO₃ (trióxido de xenônio) e XeCl₂ (cloreto de xenônio).
Kripton (Kr): Pode formar compostos como KrF₂ (fluoreto de criptônio).
Esses compostos são, na maioria das vezes, altamente instáveis e muito difíceis de serem isolados ou manipulados.
c. Uso de Gases Nobres em Reações
Devido à sua baixa reatividade, os gases nobres são frequentemente usados como atmosferas inertes para reações químicas sensíveis. Por exemplo:
Argônio é amplamente usado em soldagem e em laboratórios, pois não reage com a maioria dos materiais.
Neônio e xenônio são usados em lâmpadas de alta voltagem e em sinalização.
4. Propriedades Físicas Específicas
a. Ponto de Fusão e Ebulição
Os pontos de fusão e ebulição dos gases nobres são muito baixos, especialmente os mais leves como hélio e neônio. A medida que se desce no grupo, os pontos de fusão e ebulição aumentam ligeiramente.
Hélio: Ponto de ebulição de -268,93°C (o ponto de ebulição mais baixo de qualquer substância).
Neônio: Ponto de ebulição de -246,05°C.
Argônio: Ponto de ebulição de -185,85°C.
Xenônio: Ponto de ebulição de -108,12°C.
Radônio: Ponto de ebulição de -62°C, mas devido à sua radioatividade, seu manuseio é restrito.
b. Densidade
Hélio tem a menor densidade entre todos os gases nobres e é o segundo elemento mais leve do universo. Por isso, o hélio é frequentemente usado em balões e dirigíveis.
Argônio, kripton e xenônio são mais densos que o ar, com o xenônio sendo o mais denso de todos os gases nobres.
c. Cor
Em sua forma pura, os gases nobres são incolores, mas quando excitados (geralmente por uma corrente elétrica), eles emitem cores características:
Hélio: Emite uma luz amarela.
Neônio: Emite uma luz vermelha (por isso as famosas "luzes de néon").
Argônio: Emite uma luz azul.
Xenônio: Emite uma luz branca.
5. Aplicações dos Gases Nobres
Os gases nobres têm várias aplicações práticas devido às suas propriedades únicas:
Hélio: Usado em balões e dirigíveis devido à sua leveza, além de ser crucial em resfriamento de equipamentos de alta precisão, como imagens por ressonância magnética (IRM).
Neônio: Usado em lâmpadas de néon para sinais luminosos, além de ser empregado em tubos de alta voltagem.
Argônio: Usado como atmosfera inerte em processos de soldagem, na indústria de metais e em laboratórios, além de ser utilizado em lâmpadas incandescentes e como gás de proteção.
Kripton e Xenônio: Usados em lâmpadas de alta intensidade e em iluminação de flashes fotográficos.
Radônio: Devido à sua radioatividade, o radônio é usado em tratamentos de câncer (radioterapia), mas também é um risco à saúde em ambientes mal ventilados.
6. Segurança
Embora os gases nobres sejam geralmente não tóxicos, o radônio é um gás radioativo e pode ser perigoso em grandes concentrações, pois pode causar câncer de pulmão. A exposição a níveis elevados de radônio em áreas mal ventiladas deve ser evitada.
Resumo das Características dos Gases Nobres:
Extremamente estáveis devido à camada de valência completa.
Baixa reatividade, com exceção de xenônio e criptônio, que podem formar compostos sob condições específicas.
Gases incolores, inodoros e insípidos, exceto quando eletrificados, emitindo luzes características.
Usos industriais importantes, como em iluminação, resfriamento, soldagem e em atmosferas inertes.
Radônio é radioativo e deve ser manuseado com cautela.
Esses gases são fascinantes tanto em termos de suas propriedades físicas e químicas quanto em suas aplicações práticas.
Sessões do Site:
2025 - Adriano Almeida
Cadastre seu melhor e-mail para receber notificações sobre novidades do site!
administrador@alemdaterra.com.br
Quem Somos