Os Maiores Vulcões do Mundo e sua Atividade Atual
Os maiores vulcões do mundo podem ser classificados de acordo com diferentes características, como altura, área coberta ou volume de material expelido ao longo do tempo. Aqui estão alguns dos maiores vulcões do mundo, com detalhes sobre sua atividade atual:
Adriano Almeida
2/4/202510 min read


Maiores Vulcões do Mundo
Os maiores vulcões do mundo podem ser classificados de acordo com diferentes características, como altura, área coberta ou volume de material expelido ao longo do tempo. Aqui estão alguns dos maiores vulcões do mundo, com detalhes sobre sua atividade atual:
1. Vulcão Mauna Loa (Havai, EUA)
Altura: 4.169 metros (mas sua base está abaixo do nível do mar, então sua altura total é estimada em mais de 9.100 metros, se medida do fundo do oceano)
Área: 5.271 km²
Tipo: Vulcão de escudo
Atividade: Ativo
Mauna Loa é o maior vulcão em volume e área do planeta. Sua última erupção registrada foi em novembro de 2022, após 38 anos de inatividade. Como é um vulcão de escudo, suas erupções são geralmente menos explosivas e mais fluídas, criando longas coladas de lava.
2. Vulcão de Escudo Mauna Kea (Havai, EUA)
Altura: 4.207 metros (é o ponto mais alto do Havai, ainda que a base de Mauna Loa seja mais alta)
Área: 2.350 km²
Tipo: Vulcão de escudo
Atividade: Extinto
Mauna Kea é considerado extinto, pois sua última erupção ocorreu há cerca de 4.000 anos. Embora não seja ativo, é uma montanha muito importante devido aos observatórios astronômicos em sua cúpula.
3. Vulcão de Escudo Ojos del Salado (Chile/Argentina)
Altura: 6.893 metros (o vulcão mais alto do mundo)
Tipo: Vulcão de escudo
Atividade: Ativo (mas com atividade muito baixa)
Ojos del Salado está localizado na fronteira entre o Chile e a Argentina. Embora seja o vulcão mais alto do mundo, sua atividade eruptiva é muito esporádica. O vulcão possui o maior lago vulcânico do mundo a mais de 6.390 metros de altitude. O último evento eruptivo registrado ocorreu há milhares de anos.
4. Vulcão Tamu Massif (Oceano Pacífico)
Altura: Cerca de 4.460 metros (considerado o maior vulcão individual conhecido)
Área: Aproximadamente 310.000 km² (uma área imensa, maior que a de muitos países)
Tipo: Vulcão de escudo
Atividade: Extinto
Localizado no fundo do oceano Pacífico, a cerca de 1.600 km a leste das ilhas japonesas, Tamu Massif é o maior vulcão individual em termos de volume. Embora seja imenso, não está mais ativo, sendo considerado extinto.
5. Vulcão Mount Everest (Himalaia, Nepal/China)
Altura: 8.848 metros (é a montanha mais alta do mundo)
Tipo: Não é um vulcão ativo, mas está localizado em uma zona tectônica ativa, com processos geológicos que indicam atividade vulcânica anterior.
Atividade: Extinto
O Everest não é um vulcão ativo, mas faz parte da região geológica onde antigos vulcões foram formados devido ao movimento das placas tectônicas. Sua alta atividade tectônica indica que, historicamente, pode ter havido atividade vulcânica na área.
6. Vulcão Kilauea (Havai, EUA)
Altura: 1.247 metros
Tipo: Vulcão de escudo
Atividade: Ativo
Kilauea é um dos vulcões mais ativos do mundo e um dos principais do arquipélago havaiano. Ele entrou em erupção de forma contínua entre 1983 e 2018 e voltou a entrar em erupção em 2021. Suas erupções também são geralmente de baixa explosividade, com lava fluida que forma grandes fluxos.
7. Vulcão Etna (Sicília, Itália)
Altura: 3.329 metros
Tipo: Vulcão composto (estratovulcão)
Atividade: Ativo
O Etna é o vulcão mais ativo da Europa e está localizado na ilha italiana da Sicília. Ele tem uma história de erupções frequentes, sendo uma das zonas vulcânicas mais estudadas no mundo. A última grande erupção ocorreu em 2021, mas o vulcão continua com atividade frequente.
8. Vulcão Vesúvio (Nápoles, Itália)
Altura: 1.281 metros
Tipo: Vulcão composto (estratovulcão)
Atividade: Ativo
O Vesúvio é famoso por sua erupção devastadora em 79 d.C., que destruiu as cidades de Pompeia e Herculano. Ele continua sendo uma grande ameaça devido à sua proximidade com Nápoles e à grande quantidade de pessoas que vivem na área circundante. A última erupção significativa foi em 1944, mas é monitorado de perto.
9. Vulcão Fuji (Japão)
Altura: 3.776 metros
Tipo: Vulcão composto (estratovulcão)
Atividade: Dormindo (potencialmente ativo)
O Monte Fuji, o pico mais icônico do Japão, teve sua última erupção em 1707 durante o período Edo. Embora não tenha mostrado atividade eruptiva recente, ele ainda é considerado potencialmente ativo, e sua proximidade com Tóquio coloca milhões de pessoas em risco.
10. Vulcão Krakatoa (Indonésia)
Altura: 813 metros (após a erupção de 1883, sua altura foi reduzida, mas a ilha Anak Krakatoa continua em crescimento)
Tipo: Vulcão composto (estratovulcão)
Atividade: Ativo
O Krakatoa é famoso pela erupção catastrófica de 1883, que gerou um tsunami devastador e um fenômeno global de resfriamento devido à grande quantidade de cinzas e gases expelidos. A ilha Anak Krakatoa ("Filho do Krakatoa") continua a ter erupções regulares, com a última significativa ocorrendo em 2021.
Esses vulcões, alguns ainda ativos e outros extintos ou dormindo, são exemplos impressionantes da força da natureza e continuam a ser estudados devido ao impacto que sua atividade tem sobre os ecossistemas e as populações locais. A maioria desses vulcões ativos apresenta diferentes tipos de erupções, variando de explosivas a efusivas, com diferentes níveis de risco.
A NUVEM EPINOCLÁSTICA
A nuvem piroclástica, também chamada de nuvem epinoclástica (ou fluxo piroclástico), é uma das manifestações mais perigosas de uma erupção vulcânica. Ela é uma mistura de gases quentes, cinzas vulcânicas, rochas fragmentadas e lava que são ejetados de um vulcão de forma extremamente violenta durante uma erupção. Essas nuvens podem ser muito rápidas e intensas, representando um grande risco para a vida humana e para o meio ambiente.
O que é uma nuvem piroclástica (ou epinoclástica)?
Uma nuvem piroclástica é formada durante erupções vulcânicas explosivas, como aquelas produzidas por vulcões estratovulcânicos (ex: Vesúvio, Krakatoa). Durante uma erupção, o magma, as cinzas e os gases são expelidos a grande velocidade, criando uma nuvem de material extremamente quente (temperaturas podem ultrapassar os 1.000°C) e com grande densidade. Essas nuvens podem viajar a centenas de quilômetros por hora e se mover a distâncias consideráveis do ponto da erupção, dependendo da intensidade da explosão e das condições atmosféricas.
Características da nuvem piroclástica:
Temperatura extremada: A nuvem piroclástica é composta por gases e partículas com temperaturas altíssimas (de 200°C até mais de 1.000°C). Isso torna extremamente perigoso para qualquer ser vivo que esteja nas proximidades.
Alta velocidade: Essas nuvens podem se mover a velocidades superiores a 100 km/h e podem percorrer grandes distâncias, devastando áreas por onde passam.
Composição: Além de gases tóxicos como dióxido de enxofre e dióxido de carbono, a nuvem é formada por fragmentos de rochas e lava, bem como por finas partículas de cinzas vulcânicas.
Destruição em massa: A nuvem pode causar uma devastação instantânea ao destruir estruturas e matar seres vivos em seu caminho, tanto pela temperatura extremamente alta quanto pela pressão e a chuva de cinzas.
Como a nuvem piroclástica é prejudicial para a saúde humana:
Queimaduras e mortes por calor extremo:
A temperatura altíssima das partículas da nuvem piroclástica é capaz de queimar imediatamente qualquer ser vivo que entre em contato com ela, provocando queimaduras severas. Mesmo pessoas que estejam a uma certa distância da erupção podem ser fatalmente afetadas.
O calor intenso pode derreter materiais e causar incêndios devastadores, afetando grandes áreas ao redor da erupção.
Asfixia devido a gases tóxicos:
A nuvem piroclástica contém gases venenosos, como dióxido de enxofre (SO₂), dióxido de carbono (CO₂) e outros compostos que podem ser letais se inalados em grandes quantidades.
Esses gases podem causar dificuldade respiratória, queimaduras nas vias aéreas e até asfixia. O dióxido de enxofre, em particular, pode formar ácido sulfúrico em contato com a umidade no ar, o que aumenta a toxicidade para os pulmões e as vias respiratórias.
Problemas respiratórios devido à inalação de cinzas:
A inalação das finas partículas de cinzas vulcânicas é uma das formas mais prejudiciais de exposição à nuvens piroclásticas, pois essas partículas podem causar dano físico aos pulmões.
O material das cinzas contém silicatos e outros compostos que, quando inalados, podem causar doenças respiratórias como pneumonite (inflamação dos pulmões) e silicose, uma doença pulmonar crônica. A exposição prolongada pode causar dano permanente aos pulmões, levando a dificuldades respiratórias a longo prazo.
Dano ao sistema cardiovascular:
Além dos pulmões, a inalação de gases e partículas tóxicas pode afetar o sistema cardiovascular. A presença de dióxido de carbono e outros gases pode reduzir a quantidade de oxigênio disponível no ar, aumentando o risco de problemas cardíacos e respiratórios, especialmente em pessoas com doenças pré-existentes.
Contaminação da água e alimentos:
As cinzas da erupção podem se depositar sobre os reservatórios de água e fontes de alimentos, tornando-os contaminados. Isso representa um risco à saúde pública, pois pode levar à ingestão de água e alimentos contaminados, causando envenenamento ou infecções.
Riscos psicológicos e traumáticos:
A magnitude de uma erupção vulcânica e o impacto de uma nuvem piroclástica pode causar trauma psicológico significativo em sobreviventes. Pessoas que experienciam esses eventos podem sofrer de estresse pós-traumático (TEPT), ansiedade e outros distúrbios relacionados ao trauma.
Como as autoridades e as pessoas se protegem de uma nuvem piroclástica?
Evacuação: A principal medida para proteger a população é evacuar as áreas de risco quando há sinais de que uma erupção pode ocorrer. Quando uma erupção é iminente, as autoridades locais emitem alertas e ordens de evacuação para as áreas de risco.
Abrigos adequados: Durante a erupção, é importante que as pessoas se refugiem em abrigo seguro, longe de janelas e em locais com boa ventilação.
Máscaras de proteção respiratória: Em áreas afetadas por cinzas vulcânicas, o uso de máscaras de proteção pode ajudar a reduzir a inalação de partículas finas. No entanto, essas máscaras não protegem totalmente contra a exposição a gases tóxicos.
Conclusão:
As nuvens piroclásticas são uma das ameaças mais mortais associadas às erupções vulcânicas, devido ao seu calor extremo, à toxicidade dos gases e ao perigo de inalação de cinzas. Elas podem causar danos imediatos à saúde, incluindo queimaduras, asfixia e danos respiratórios, além de afetar o meio ambiente de forma devastadora. Para minimizar os riscos, é fundamental o monitoramento contínuo dos vulcões ativos, a evacuação das áreas de risco e a preparação adequada das populações que possam ser afetadas por esse fenômeno.
Porque o YellowStone não entrou na lista de Grandes Vulcões
Apesar de Yellowstone ser o maior supervulcão ativo do mundo em termos de volume de magma e potencial geotérmico, ele não entra na lista dos maiores vulcões do mundo em termos de altura ou área de superfície. Isso ocorre devido à sua natureza geológica e à forma como ele se apresenta.
Aqui estão algumas razões pelas quais Yellowstone não é incluído entre os maiores vulcões do mundo em listas comuns, como as que classificam vulcões por altura ou área:
1. Natureza de Supervulcão
Supervulcão é um termo usado para descrever vulcões que têm erupções extremamente grandes e catastróficas, com a capacidade de liberar grandes volumes de magma (geralmente mais de 1.000 km³ de material). No entanto, os supervulcões como Yellowstone não têm a típica forma cônica e "pontuda" associada a vulcões clássicos como o Etna ou o Vesúvio.
A caldeira de Yellowstone, que é o que resta do supervulcão após uma grande erupção, não possui uma elevação alta ou uma estrutura de pico bem definida. Em vez disso, a área é marcada por um imenso buraco ou depressão, com um terreno relativamente plano e várias características geotérmicas espalhadas.
2. Formação de Caldeira
Quando um supervulcão entra em erupção, grandes quantidades de magma são liberadas, o que causa o colapso do terreno acima da câmara magmática e forma uma caldeira. No caso de Yellowstone, a caldeira tem um diâmetro de cerca de 30 por 45 quilômetros e é uma depressão no solo, o que não é visualmente comparável à típica montanha vulcânica alta e visível que aparece em outras classificações de grandes vulcões.
A área da caldeira de Yellowstone é enorme, mas não é um vulcão com picos imponentes, como o Mauna Loa ou o Kilimanjaro. Por isso, ela não se encaixa nas listas que classificam vulcões baseados em altura ou características cônicas tradicionais.
3. Classificação por Altura ou Área de Superfície
Quando falamos sobre os "maiores vulcões do mundo", as listas geralmente incluem vulcões de escudo (como Mauna Loa, no Havai), que são enormes e imponentes em altura e largura devido às erupções de lava fluida que formam um monte largo e baixo. Estes vulcões são visíveis por sua grande altura e área coberta.
Já o Yellowstone é uma caldeira muito grande e, apesar de seu enorme volume de magma e potencial para uma erupção explosiva massiva, ele não se qualifica para essas listas, pois não possui a altura ou a forma cônica típica dos vulcões classificados dessa maneira.
4. Atividade Geotérmica e Explosões Menores
A atividade vulcânica em Yellowstone atualmente se manifesta de maneira geotérmica, com gêiseres, fontes termais, fumarolas e pequenas erupções subaquáticas, ao invés de grandes erupções explosivas. Isso faz com que o parque seja geologicamente ativo, mas não exibe as características visíveis de um vulcão clássico, como picos ou montanhas em erupção.
5. Visibilidade e Impacto
Embora Yellowstone seja conhecido principalmente por sua atividade geotérmica e pela grande caldeira, ele não tem o mesmo impacto visual imediato que outros vulcões mais altos ou com grandes formações cônicas. O tamanho e a "visibilidade" de um vulcão, como no caso de Mauna Loa ou Kilauea, são muitas vezes mais fáceis de perceber e, por isso, esses vulcões são frequentemente mais destacados em listas que consideram a "grandeza" de um vulcão.
Conclusão:
Embora Yellowstone seja, sem dúvida, um dos supervulcões mais poderosos e significativos do planeta, sua caldeira não se encaixa nos critérios tradicionais usados para classificar os maiores vulcões do mundo, como altura, volume ou forma. Ele é um vulcão de explosões antigas gigantes e não uma montanha vulcânica ativa com picos altos e visíveis, como muitos dos vulcões que figuram nessas listas. Portanto, ele é mais notável por sua atividade geotérmica e seu potencial eruptivo futuro, ao invés de sua forma ou altura, o que o coloca em uma categoria própria entre os vulcões.
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