Plutão: Tamanho, Distância da Terra e a Perda do Status de Planeta

Plutão

Plutão é um dos corpos celestes mais fascinantes do Sistema Solar. Vamos falar sobre o seu tamanho, distância em relação à Terra e as razões pelas quais ele deixou de ser considerado um planeta.

Tamanho de Plutão:

Plutão é um planeta anão, ou seja, um corpo celeste que possui as características de um planeta, mas não atende a todos os critérios para ser classificado como tal. O seu diâmetro é de aproximadamente 2.377 km, o que é cerca de 1/6 do tamanho da Terra. Para se ter uma ideia mais clara, Plutão é menor do que a Lua, que tem um diâmetro de cerca de 3.474 km.

Distância da Terra:

Plutão está, em média, a 5,9 bilhões de quilômetros da Terra. Essa distância pode variar, pois a órbita de Plutão é elíptica, o que significa que a distância entre ele e a Terra pode aumentar ou diminuir ao longo do tempo. Quando Plutão está mais perto do Sol, ele pode ficar a cerca de 4,3 bilhões de quilômetros da Terra, e quando está mais distante, pode chegar a 7,5 bilhões de quilômetros.

Por que Plutão deixou de ser considerado um planeta?

Em 2006, Plutão foi reclassificado como um "planeta anão" pela União Astronômica Internacional (IAU). Antes disso, Plutão foi considerado o nono planeta do Sistema Solar desde sua descoberta em 1930. A mudança ocorreu devido à redefinição dos critérios que a IAU estabeleceu para a classificação de planetas, que são:

1. Deve orbitar o Sol. Plutão cumpre este critério.

2. Deve ter massa suficiente para que sua gravidade o torne quase esférico. Plutão também cumpre este critério.

3. Deve ter "limpado a sua órbita" de outros corpos. Este é o critério que causou a reclassificação de Plutão.

A última regra significa que o planeta deve ser gravitacionalmente dominante em sua região da órbita e não compartilhar o espaço com outros objetos de tamanho comparável. Plutão, no entanto, tem uma órbita que se sobrepõe à de outros objetos no cinturão de Kuiper (uma região além de Netuno que contém muitos corpos pequenos e gelados). Isso fez com que ele fosse reclassificado, pois não "limpou" sua órbita como os planetas tradicionais.

Com a mudança, Plutão passou a ser considerado um planeta anão junto de outros corpos como Eris e Haumea, que possuem características semelhantes, mas não atendem à condição de "limpar" sua órbita.

Curiosidade:

Apesar de não ser mais um planeta, Plutão ainda mantém um lugar especial na astronomia e na cultura popular. Em 2015, a sonda New Horizons da NASA fez uma missão histórica para estudar Plutão de perto, revelando imagens e dados incríveis sobre sua superfície, atmosferas e luas, como Caronte, sua maior lua.

Plutão continua a ser um dos objetos mais intrigantes do nosso Sistema Solar, mesmo não sendo considerado um planeta oficial.

luas de Plutão

Plutão tem cinco luas conhecidas. Elas são:

1. Caronte: É a maior lua de Plutão e também a mais conhecida. Tem aproximadamente metade do tamanho de Plutão, com cerca de 1.212 km de diâmetro. Caronte é tão grande em relação a Plutão que o centro de massa do sistema Plutão-Caronte fica fora de Plutão, o que faz com que eles girem um em torno do outro de maneira quase equilibrada.

2. Estige: Foi descoberta em 2005 e é a lua mais próxima de Plutão. Ela tem cerca de 16 km de diâmetro e é muito pequena comparada a Caronte.

3. Nix: Também descoberta em 2005, Nix tem aproximadamente 49 km de diâmetro. Sua órbita é mais distante de Plutão, e ela é uma das menores luas do sistema de Plutão.

4. Hidraga: Descoberta em 2005, Hidraga tem cerca de 43 km de diâmetro. Ela também orbita Plutão em uma distância relativamente grande.

5. Cerberus: Descoberta em 2011, Cerberus tem aproximadamente 19 km de diâmetro. Ela está mais distante de Plutão do que Nix e Hidraga, mas ainda é parte do sistema de luas.

Essas luas são compostas principalmente de gelo e rocha e, em sua maioria, são pequenas em comparação com Caronte, a grande lua. A descoberta dessas luas foi um marco importante na exploração do Sistema Solar, especialmente após a missão da sonda New Horizons, que passou por Plutão em 2015 e forneceu imagens e dados valiosos sobre o sistema de Plutão e suas luas.